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Pode parecer duro, mas a verdade é esta:
… talvez sejas tu que estás a sabotar a tua vida financeira… e nem dás conta!
Não é só por causa da inflação, dos preços da energia ou do pão com manteiga que ficou mais caro… muitas vezes, és mesmo tu que estás a enterrar os teus sonhos por causa de pequenos hábitos manhosos e crenças limitantes sobre dinheiro que carregas sem nunca teres parado um pouco para pensar sobre isso.
O livro Small Change, de Dan Ariely e Jeff Kreisler, explica uma coisa curiosa: nós, humanos, adoramos acreditar que somos racionais com o dinheiro, mas a verdade é que somos movidos pelas emoções. Compramos por impulso, justificamos a decisão com base numa narrativa suficientemente credível para nos enganarmos a nós próprios (outra vez)… e depois, seguimos a vida como se nada fosse!
Exemplos clássicos:
“Estava em promoção, era agora ou nunca.”
“Trabalhei tanto, mereço este miminho.”
“Foi só mais um jantar fora, não faz mal.”
Muitas dessas decisões são automáticas.
Não é que seja errado gastar, longe disso.
O problema é quando gastamos sem consciência, sem percebermos o impacto que isso tem na nossa vida e sem alinharmos esses gastos com o que realmente queremos.
Um erro comum é olharmos para o dinheiro como se fosse uma entidade com vida própria.
Uns tratam-no como inimigo (“o dinheiro não quer nada comigo”), outros como salvador (“se eu tivesse mais dinheiro, resolvia tudo”)… mas o dinheiro não é nenhum destes extremos: é apenas uma ferramenta.
O dinheiro amplifica aquilo que tu já és.
Se és equilibrado, vais usá-lo de forma equilibrada.
Se és impulsivo, vais torrar dinheiro sem pensar.
E há algo que quero que percebas: respeitar o dinheiro não significa ser forreta. Não significa cortar no café, deixar de jantar fora ou viver a contar todos os cêntimos. Significa perceberes o que é importante para ti e colocares o dinheiro a trabalhar nesses objetivos, em vez de o torrares em coisas que não te acrescentam nada.
O grande inimigo não são os prazeres que escolheste de forma consciente. O grande inimigo é o piloto automático:
Não é o jantar fora com os amigos que está a sabotar a vida que pretendes alcançar, até porque isso pode ser um excelente investimento em bem-estar. É o conjunto de pequenas decisões inconscientes que, somadas, vão corroendo o teu futuro e te vão deixando sem margem de manobra.
Ganha consciência: Olha para os extratos ou para as apps das tuas contas bancárias. Para onde é que o dinheiro tem estado a sair sem sequer te dar prazer? Esses são os verdadeiros cortes inteligentes que deverás fazer… não é no café que tu adoras, é na mensalidade de um serviço que já nem te lembravas que tinhas subscrito.
Dá valor ao que te dá valor: Se um jantar fora, uma viagem ou um bom vinho te dá felicidade, gasta sem culpas… mas assume isso como uma prioridade consciente, não como “desculpa para compensar um dia mau”.
Reescreve as tuas crenças: O dinheiro não é mau, não é tabu e não é só para ricos. É uma ferramenta. Quanto mais o respeitares, mais respeito receberás de volta.
Antes de procurares a próxima dica milagrosa de investimento, pára e pergunta:
Estou a usar o dinheiro como ferramenta ou a deixar que o dinheiro me controle?
Estou a gastar de forma consciente ou em piloto automático?
Este gasto serve para alavancar a vida que quero ou é apenas mais uma distração?
A sabotagem não está em aproveitares a vida, está em viveres sem consciência, sem estratégia e sem respeito por aquilo que o dinheiro representa.
Esta semana, identifica um gasto (apenas um) que não acrescenta nada à tua vida… e elimina-o!
Com esse dinheiro, faz algo que realmente te faça sentir bem, seja poupar, investir ou simplesmente pagar uma experiência que te enriqueça.
E, já agora, não penses que te estou a dizer para viveres como um forreta até à reforma.
Isso seria uma estupidez.
Como diz o avô Warren Buffett: dinheiro e sexo não são coisas para deixares apenas para a terceira idade.
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