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Geria os colaboradores como se fossem crianças indefesas e paguei bem caro por isso

Geria os colaboradores como se fossem crianças indefesas… e paguei bem caro por isso!

Naquela altura, todos os elementos da minha equipa tinham sido orientados, por mim, para me colocarem sempre a par de tudo, como se fossem crianças indefesas:

Qualquer coisa que necessites, liga-me!

Eu queria estar sempre a par de tudo e mantinha-me disponível para salvar aquelas criancinhas dos males que o mundo tentasse causar-lhes.

Naquela altura, acreditava que esse era o meu papel enquanto líder da empresa.

Contudo, tal como acontece quando os pais estragam os filhinhos queridos por insistirem em fazer-lhes todas as vontades e protegê-los mesmo daquilo que eles têm de aprender a resolver sozinhos, os meus “filhinhos” começaram a crescer e transformaram-se em crianças mimadas e rabugentas.

Quando finalmente me apercebi do mal que lhes estava a causar com a minha atitude hiperprotetora e com a sobrecarga de trabalho e de stress a que me estava a sujeitar por causa disso, já era tarde demais… os maus hábitos já tinham passado a fazer parte da sua rotina diária.

Alguns colaboradores chegaram a dizer-me coisas que nunca pensei ouvir de alguém por quem eu era capaz de “meter a mão no fogo”.

Só quando isso começou a acontecer é que percebi que enquanto tentasse orientar e controlar tudo, e insistisse em microgerir toda a gente, não deixaria que as pessoas desenvolvessem e revelassem o seu lado mais profissional e estaria a formar “criancinhas” que um dia, não só não saberiam desenrascar-se como seriam muito difíceis de aturar.

Felizmente, aquelas “criancinhas” não eram meus filhos biológicos e, por isso, a determinada altura decidi que estava na altura de acabar com os mimos, com as birras, e enviar toda a gente para uma família de acolhimento que tivesse paciência para corrigir o que eu tinha estragado, ao longo dos anos, com tanto mimo e hiperproteção.

Decidi que estava na altura de eliminar tudo o que estava a correr mal para poder voltar a começar de novo. Nas semanas seguintes, entre demissões voluntárias e despedimentos, todos os colaboradores tinham deixado a empresa.

Nessa altura, contratei uma gestora de projetos e comecei a reconstruir a equipa.

Para minha surpresa, ela informou-me que seria necessário muito mais do que apenas contratar pessoas…

Este artigo é um excerto do livroa Ave Rara II… do caos e das dívidas a um estilo de vida livre!” e integra a série de episódiosTrabalhar 4 horas/dia“.

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