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Porque é que muitas pessoas desistem alguns meses depois de criarem o seu próprio emprego

Porque é que muitas pessoas desistem alguns meses depois de criarem o seu próprio emprego?

A base da criação de um negócio próprio sustentável, mesmo começando quase sem dinheiro, passa por trabalhar loucamente até já não conseguires mais, mas garantindo que estás a ganhar dinheiro.

E quando estiveres a ganhar dinheiro, deves ter a capacidade de contratar e delegar todas as tarefas nos teus novos colaboradores.

Eu gosto muito de utilizar esta expressão:

Trabalho todos os dias para me tornar inútil…

Mas atenção, tornares-te inútil não significa tornares-te inativo.

Deverás ir trabalhando para te tornares inútil em termos operacionais. A responsabilidade de pensar no crescimento da empresa é tua e não conseguirás dedicar-te a isso se mantiveres as “mãos na massa”, a realizar o trabalho operacional, o resto da vida.

Eu passei a adorar o processo de criar a partir do zero, delegar e voltar a começar tudo a partir do zero, outra vez.

Ao garantir que trabalho todos os dias para me tornar inútil, todos os negócios que eu desenvolvo, depois de terem os processos bem documentados, e de eu delegar todas as tarefas, passam a funcionar sem mim.

Porque é que muitas pessoas “abandonam o barco” alguns meses depois de criarem o seu próprio emprego?

Criam o seu próprio emprego, mas ficam reféns de fazer tudo durante demasiado tempo. Optam por não elaborar instruções de trabalho, nem automatizar e sistematizar processos, e acreditam que as coisas que sabem nunca poderão ser documentadas nem delegadas em ninguém e, com isso, o que conseguem?

Ficam reféns da prisão que acabam por criar para si próprias e a dada altura, estão tão saturadas que começam a pensar:

– Mais valia voltar a trabalhar para outra pessoa! Pelo menos trabalhava das 9h às 17h da tarde, “desligava o botão” e ia para casa descansar. Com o meu próprio emprego, nunca estou descansado.

Estarás descansado se parares de dizer que só tu é que sabes fazer… e se tiveres a humildade para admitir que precisas de ajuda.

Eu também já tive a mania que sabia tudo e que os negócios só eram um grande sucesso se eu mantivesse as minhas “mãos na massa”… e também já tive a mania que era o Homem-de-ferro e que conseguiria manter um ritmo louco de trabalho, acumulando mais e mais tarefas sem necessitar de ajuda. Acreditei nisso tudo até desmaiar de cansaço três vezes no mesmo mês.

É por isso que eu insisto tanto na questão dos processos bem documentados, das instruções de trabalho e dos documentos-tipo no sentido de te tornares inútil em termos operacionais.

Se criares o teu próprio emprego e fores seguindo as pequenas dicas que partilhei no livro “a Ave Rara… de empregado frustrado a criador do seu próprio emprego!“, vais perceber que quando o teu próprio emprego se transformar numa empresa, pode até ser uma microempresa mas irá funcionar sem que seja necessária a sua presença. Nessa altura, já não terás criado apenas o teu próprio emprego, terás um negócio.

É nessa altura que vais poder dedicar-te a pensar quais vão ser as tuas próximas áreas de atuação, os teus próximos clientes ou os próximos projetos que pretendes abraçar. 

Lembra-se que a evolução da carreira profissional tem os seguintes níveis:

  • Trabalhador dependente, ou seja, trabalha por conta de outrem;
  • Trabalhador independente, ou seja, presta serviços a uma série de entidades;
  • Empresário a título individual, ou sócio de uma sociedade por quotas, pode ser uma sociedade unipessoal, com uma única pessoa. Neste patamar, acabaste de criar o teu próprio emprego;
  • Depois de criares o teu próprio emprego tens de dar o passo seguinte: “deixar” esse emprego e transformá-lo num negócio;
  • Quando tiveres vários negócios que já não dependem de ti, porque foram crescendo de forma sustentável, vais perceber que tens liquidez suficiente para começares a investir em novos negócios e por isso podes passar ao nível seguinte: ser investidor.

Certamente já ouviste falar no Shark Tank, um programa de empreendedores e investidores, criado nos Estados Unidos.

Neste programa, os investidores assistem à apresentação de ideias de vários empreendedores, pessoas que acabaram de criar a sua própria empresa ou que têm uma ideia para lançar, seja um produto ou serviço, com o objetivo de revolucionar o mercado.

O que é que esses investidores fazem?

Têm várias empresas que já funcionam sem a sua presença e que geram dinheiro suficiente para eles viverem uma vida confortável e para poderem investir em novos negócios.

Quando parares e pensares no que pretendes alcançar nos próximos 5, 10 ou 15 anos lembra-te das várias etapas da carreira profissional que referi anteriormente.

Não penses em passar os próximos 5, 10, 15 ou 20 anos a ser trabalhador por conta de outrem.

Acredito que no futuro, as empresas vão ter cada vez menos trabalhadores e vão passar a existir muitas empresas constituídas por apenas uma pessoa.

Quem sabe se a tua empresa unipessoal vai nascer já de seguida!?

Este artigo é um excerto do livroa Ave Rara… de empregado frustrado a criador do seu próprio emprego!” e integra a série de episódiosTrabalhar 4 horas/dia“.

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